sexta-feira, 16 de maio de 2014

Padrão Brasil na Copa

A proximidade da realização da Copa do Mundo no Brasil dá início à contagem do tempo para a abertura da competição e, junto reaparece o movimento que protesta contra o Mundial, no país.

As manifestações de ruas preocupam o Governo e a própria Fifa. O movimento ganha força porque o Brasil foi incapaz de organizar o Mundial e também porque se gastou muito dinheiro na construção e reformas de estádios e de adequação urbana e de logística à Copa ainda incabadas; enquanto a população vive a rotina de um país pobre, corrupto, sem gestão pública e sem perspectiva de progresso sustentado e duradouro.

A frase “Le Brésil n’est pas un pays serieux“ – “O Brasil não é um país sério” – popularmente atribuída a Charles de Gaulle, parece mais atual do que nunca. Visto de fora, do estrangeiro, a organização da Copa virou piada, publicada em reportagens, na Europa e nos Estados Unidos.

Fiasco para os gringos e vergonha para os brasileiros. O senador Pedro Taques disse que o governo de Mato Grosso quando tenta justificar o atraso nas obras de mobilidade urbana em Cuiabá, acha que todo mundo é bobó cheira cheira.

Para a Associeted Press, houve um tempo em que o maior país da América do Sul parecia ser o lugar perfeito para o evento vitrine do futebol. É única superpotência do jogo e na casa de Pelé, o seu mais famoso futebolista. “Em vez disso, o país é uma bagunça logística” – frisa. Pior: antecipa que o Mundial deve acontecer em meio a grandes protestos contra o Governo, movimentação população temida por serem “potencialmente violentas” como as ocorrida no ano passado durante a Copa das Confederações.

A indicação ocorreu em 2007, e desde então, os políticos prometeram investir milhões em 56 aeroportos, construir linhas de metrô e outros projetos em todo o país, além de 3,5 bilhões para a construção ou reforma de 12 estádios para o Mundial. .

Os escândalos de corrupção e a prioridade do Governo com a Copa, em detrimento de investimentos básicos no país se colocaram como impróprias, no meio da realidade brasileira.

Fora do gramado, o Brasil já perdeu a Copa do Mundo.

Benedito Cruz de Almeida
Agência Agora

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