Não é a primeira vez que o
deputado estadual José Riva é afastado do cargo pela Justiça de mato Grosso.
Considerado o maior ficha suja do país, o presidente da Assembleia
Legislativa de Mato Grosso foi afastado do cargo, pela perda da função pública, por
decisão do Tribunal de Justiça do Estado.
No entanto, Riva permanece como parlamentar porque as ações, de improbidade administrativa, não o atingem como deputado.Contudo, a despeito de tantas acusações, ele ainda consegue ter grande influência política no Estado.
De acordo com o deputado
Riva, o julgamento foi realizado sem ter sido oportunizada a produção de provas
por parte da defesa. “Em nenhum momento a minha defesa pode produzir as provas
necessárias, onde mostram que nunca houve desvio de dinheiro público na
Assembleia”, afirma. Segundo o presidente, desde o julgamento na primeira
instância, as decisões têm sido desfavoráveis principalmente por ferir esse princípio
previsto na Código de Processo Civil. “Não pode haver condenação por presunção.
Nas ações de improbidade, os dois lados devem ser ouvidos, conforme o inciso
II, do artigo 330, do Código de Processo Civil”, argumenta.
Em um dos
casos julgados nesta terça, o deputado Riva e o conselheiro do Tribunal
de Contas, Humberto Bosaipo, e mais cinco pessoas foram citados na
ação civil por improbidade administrativa, movida pelo Ministério
Público, em 2006. Bosaipo, que estava afastado do Tribunal de
Contas perdeu a função de conselheiro. Eles
terão ainda que devolver ao erário R$ 4,7 milhões desviados dos cofres
públicos, entre 2001 e 2002.
Neste processo, o deputado
ainda responde a outros 120 nas esferas cível e criminal. Riva é acusado de
realizar pagamentos a uma empresa de publicidade que, segundo as
investigações, nunca existiu.
O esquema começou a ser
descoberto em 2002, através da Operação Arca de Noé, que levou à prisão o
bicheiro João Arcanjo Ribeiro, considerado o chefe do crime organizado,
no Estado.
Em uma empresa do
bicheiro, os policiais encontraram dezenas de cheques da Assembleia
Legislativa. Em razão deste episódio, o Ministério Público conseguiu a
quebra do sigilo bancário da Assembleia. O Banco do Brasil, então,
encaminhou cópias de diversos cheques emitidos e sacados da conta do
Legislativo mato-grossense. Entre eles, havia 48 em favor da Sereia
Publicidade e Eventos, totalizando R$ 2,65 milhões em valores da época.
Nenhum comentário:
Postar um comentário