segunda-feira, 22 de julho de 2013

Adeus ao taxista Juvino

Muita comoção vai acompanhar às exéquias e sepultamento  do taxista Juvino Ferreira da Silva, de 65 anos, em Diamantino.

Juvino foi morto, resultante do desejo incontido de Pieblo Renê de possuir um carro. Com o intuito de ter o seu, ele pôs em prática uma ação perversa, criminosa e diabólica.

Na rodoviária da cidade, tomou um táxi, já com o plano premeditado. Cerca de 10 quilômetros depois, nas proximidades do Frigorífico da JBS cometeu o primeiro delito ao matar o taxista Joaquim Santana Sampaio, de 74 anos. Ele colocou a vítima no porta molas e seguiu com o veículo, mas não foi longe, porque uma pane no  motor encerrou seu plano.

Ávido em cumprir sua vontade, refez a mesma estratégica. De novo, tomou outro táxi; conduzido por Juvino. Feriu gravemente o taxista com uma faca, no caminho de saída  do Bairro Jardim Primavera  e, dessa vez, levou o veículo, conforme seu incontrolável desejo interior. O carro foi recuperado em Campo Novo dos Parecis, o assassino foi preso e o taxista encaminhado para tratamento em Cuiabá, em estado grave. Quase um mês depois, Juvino faleceu.

O taxista era conhecido e muito querido em Diamantino. Com jeito calmo e atencioso tinha a amizade livre dos moradores da cidade. Trabalhou por muito tempo com o ex-prefeito Francisco Ferreira Mendes, pai do ministro Gilmar Mendes e por isso é tido como membro da família. Com a morte do ex-prefeito começou a trabalhar na praça, como taxista.

Sereno, não tinha inimigos. Como profissional, sempre solícito levava e trazia seus passageiros, conhecidos ou não. Infelizmente, naquele dia, ele aceitou levar o passageiro, sem imaginar que esta ‘corrida’ seria a última da sua vida.  

Benedito Cruz de Almeida
Agência Agora


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