Juvino foi morto, resultante do desejo incontido de Pieblo Renê de possuir um carro. Com o intuito de ter o seu, ele pôs em prática uma ação perversa, criminosa e diabólica.
Na rodoviária da cidade, tomou um táxi, já com o plano premeditado. Cerca de 10 quilômetros depois, nas proximidades do Frigorífico da JBS cometeu o primeiro delito ao matar o taxista Joaquim Santana Sampaio, de 74 anos. Ele colocou a vítima no porta molas e seguiu com o veículo, mas não foi longe, porque uma pane no motor encerrou seu plano.
Ávido em cumprir sua vontade, refez a mesma estratégica. De novo, tomou outro táxi; conduzido por Juvino. Feriu gravemente o taxista com uma faca, no caminho de saída do Bairro Jardim Primavera e, dessa vez, levou o veículo, conforme seu incontrolável desejo interior. O carro foi recuperado em Campo Novo dos Parecis, o assassino foi preso e o taxista encaminhado para tratamento em Cuiabá, em estado grave. Quase um mês depois, Juvino faleceu.
O taxista era conhecido e muito querido em Diamantino. Com jeito calmo e atencioso tinha a amizade livre dos moradores da cidade. Trabalhou por muito tempo com o ex-prefeito Francisco Ferreira Mendes, pai do ministro Gilmar Mendes e por isso é tido como membro da família. Com a morte do ex-prefeito começou a trabalhar na praça, como taxista.
Sereno, não tinha inimigos. Como profissional, sempre solícito levava e trazia seus passageiros, conhecidos ou não. Infelizmente, naquele dia, ele aceitou levar o passageiro, sem imaginar que esta ‘corrida’ seria a última da sua vida.
Benedito Cruz de Almeida
Agência Agora
Nenhum comentário:
Postar um comentário