terça-feira, 18 de setembro de 2012

Diamantino: Riqueza do nosso Coração


Neste dia 18 de Setembro de 2012, Diamantino estará completando 284 anos.
Observando está cidade onde nasci que encantou poetas e viajantes, notamos com facilidade a bela harmonia que existe entre o passado e presente. Diamantino das mesclas culturais do indígena, do afro descente e do branco. Cidade de ruas e calçadas estreitas um legado histórico originário do ciclo do ouro do Brasil. Casarões, becos, praças que acolhem pessoas de diferentes classes sociais; quintais repletos de mangueiras, pitombeiras, bocaiuveiras, seputazeiros, ingazeiros e cajueiros e que por isso recebeu carinhosamente de Dom Aquino Correa o codinome de Sentinela do Norte. Andando pelo seu centro histórico nos chamam a atenção os casarões coloniais, que necessita com urgência de restauração e de cuidado especial, pois são patrimônios vivos do início da povoação de Diamantino. Assim podemos ver o quanto o seu espaço urbano está impregnado de História.
Diante de tantas marcas da modernidade, nem todos imaginam que a sua origem é remonta ao século XIII; quando o Bandeirante Paulista de Sorocaba Gabriel Antunes Maciel ultrapassou a linha imaginária do Tratado de Tordesinhas no ano de 1728, adentrando em terras da Espanha e acabou por descobrir ouro nas barrancas do Ribeirão do ouro, iniciando o processo histórico, urbano de Diamantino.
Nem só de calmaria seria marcado o passado de Diamantino e sua gente, pois a mesma Bacia platina e Amazônica que trouxe o progresso trouxe também a calamidade, ou seja, a epidemia de varíola e gripe espanhola que acabou por dizimar grande parte da população diamantinense.
Na década de 70 e 80, do século passado, nossa cidade recebeu fluxo migratório intenso de sulistas, nordestinos, mineiros, baianos, goianos, paranaenses e outros que se aventuraram, trouxeram á frente a esperança e acabaram por contribuir para o engrandecimento desta cidade. Aprenderam a conviver com o calor, a gostar de Maria Izabel, a tomar licor de Pequi e dançar o rasqueado como se fossem Diamantinenses de “Tchapa e Cruz”.

Joel Praxedes Capistrano
Historiador e Professor (Escola Plácido de Castro) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário