terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Em 59 municípios não haverá posse de prefeitos eleitos em 2012

Nem todos os 5.564 municípios brasileiros verão os prefeitos eleitos em 2012 tomarem posse neste 1º de janeiro. Em 59 cidades, os candidatos que tiveram mais de 50% dos votos concorreram com os registros de candidatura indeferidos e isso levará à realização de novas eleições. Nestes casos, os presidentes das câmaras de vereadores irão assumir as prefeituras até que o novo pleito aconteça.
Em sete municípios as novas eleições já estão marcadas. É o caso de Guarapari (ES), onde a Justiça Eleitoral já convocou a nova votação para o dia 3 de fevereiro. Em Campo Erê (SC), Criciúma (SC), Tangará (SC), Balneário Rincão (SC), Bonito (MS) e Camamu (BA), os pleitos estão marcados para o dia 3 de março.
Ao todo, os processos referentes às últimas eleições municipais somaram 9.189 casos. Entre esses e outros casos, o tribunal julgou um total de 14.048 processos em 2012. Segundo o TSE, a quantidade de processos distribuídos em 2012 foi 30% maior do que a das eleições municipais de 2008. Naquele ano, a corte recebeu 6.026 processos sobre registros de candidatura, sendo que 96% haviam sido julgados até o encerramento do ano
As últimas eleições foram as primeiras com plena aplicação da Lei da Ficha Limpa. Aprovada em 2010, a norma endureceu as regras para que um político possa se candidatar. O percentual de julgamento de recursos da Lei da Ficha Limpa é ligeiramente menor que a média geral: dos 3.366 recursos recebidos pelo TSE, 2.971 foram julgados, cerca de 88%.
Em Diamantino, a Justiça Eleitoral rejeitou o pedido de não diplomação do prefeito reeleito Juviano Lincoln, mas corre processo de impugnação do mandato do atual prefeito.
A situação jurídica é complexa, caso o prefeito Juviano Lincoln seja afastado do cargo, porque não se pode convocar outra eleição, pois a votação do prefeito eleito foi inferior a 50% dos votos, o segundo colocado [Gaúcho do Sindicato] não tem legitimidade para assumir o cargo e o terceiro colocado teve uma votação inexpressiva. Não existe jurisprudência formada para o caso que se desenha, em Diamantino.
Por outro lado, não se deve repetir o episódio da disputa entre Erival Capistrano e Juviano Lincoln, que só trouxe prejuízo para o Município. A tendência é que a Justiça Eleitoral mantenha o prefeito eleito, no cargo.

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