segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Procurador vai insistir em prisão imediata de condenados do Mensalão

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse  que voltará a insistir no STF (Supremo Tribunal Federal) para que os condenados do Mensalão cumpram as penas imediatamente. Ele disse que apresentará o tema novamente ao plenário assim que a etapa de fixação de penas terminar.
De acordo com Procurador, a execução imediata das sentenças também inclui a perda de mandato dos parlamentares condenados. Esses e outros assuntos residuais do julgamento – como a possibilidade de redução das penas em crimes contra a administração pública - deverão ser discutidos pelos ministros a partir da próxima quarta-feira, dia 5 de dezembro. 
Até hoje, todas autoridades condenadas criminalmente pela Corte não foram presas – há decisões de 2010 envolvendo parlamentares, que ainda aguardam em liberdade respostas finais de recursos. Roberto Gurgel entende, no entanto, que a execução imediata das penas do mensalão não será um caso de exceção.
Segundo o Procurador Roberto Gurgel, se o pedido do Ministério Público não for atendido, os condenados só devem começar a cumprir pena a partir de 2014. “Nosso sistema processual prevê recursos, temos um grande número de réus que podem interpor recursos ao longo de muito tempo”.  
Ao analisar a herança deixada pelo julgamento do Mensalão, que entra em reta final após quatro meses, o Procurador acredita que é um marco na história do Judiciário. “Não pela primeira vez, mas de uma forma tão ampla, se estabeleceu que ninguém neste país está a salvo da ação das instituições que compõem o sistema de Justiça. E quando crimes são cometidos, essas pessoas são responsabilizadas penalmente e devem sofrer como qualquer criminoso as consequências dessa decisão condenatória.”  
Débora Zampier
Agência Brasil

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