domingo, 21 de agosto de 2011

Ex-prefeito Chico Mendes está numa sinuca de bico


O ex-prefeito Chico Mendes está numa sinuca de bico. Ele andou querendo entrar no PMDB direto, sem a consulta e aprovação das lideranças municipais do Partido e esbarrou  na resistência do grupo fiel ao ex-prefeito Levi Pedrini e afinado ao deputado federal Carlos Bezerra.
Por outro lado, Chico Mendes está  certamente sentindo muita  falta da mamata do cargo, do assédio popular e do exercício do poder. Ultimamente, ele tem sido visto em locais de aglomeração pública. Generosamente, distribui atenção e gentileza, dá abraço,  aperto de mão, tapa nas costas e risos  gratuitos.
Para adquirir a condição de candidato na eleição do ano que vem, o ex-prefeito precisa inicialmente ser filiado em um partido; feito dentro do referido prazo. Limpar o nome na Justiça nos mais de 50 processos que tramitam contra si na Entrância de Diamantino, recompor  o grupo político que sumiu e uma fração que está embolada com o prefeito Juviano Lincoln. 
Numa eventual disputa eleitoral, o ex-prefeito já mata dois adversários, sem muito esforço: o atual prefeito Juviano Lincoln, que trocou as mãos pelos pés, numa administração medíocre, inoperante e cansada e o cartorário Erival Capistrano, eleito em 2.008 e derrubado do cargo no famoso caso 'Arduíno dos Santos'. 
Dificilmente Chico Mendes reconquista o apoio que recebeu na sucessão do prefeito Batistinha. Naquela época havia o desgaste do então prefeito aliado a um discurso de ocasião, sobre a pavimentação da BR 364, cuja estrada virou um caminho abandonado. Tinha a pompa dos jatos do Governo Federal, a presença de ministros do governo FHC e articulação de Dante de Oliveira, escondida, por debaixo do pano; traindo o outro candidato Darcy Capistrano, do mesmo partido do governador. Na reeleição, o discurso mudou para o empreendimento do Bertin e a perspectiva de se criar em Diamantino um polo industrial. 
De lá pra cá não mudou muita coisa no município. No entanto, Chico Mendes, sabiamente poderá usar o fiasco da gestão do prefeito Juviano Lincoln como um forte argumento, pois desde que saiu da Prefeitura, se fechou a torneira do Governo Federal para financiar as obras públicas e a economia municipal entrou em colapso. Para Chico Mendes, nessa altura, não importa Juviano Lincoln e nem o grupo político que o cerca. Quanto mais longe deles, melhor.
Mas, como já se dizia, a eleição que se avizinha será um briga de foice no escuro, em Diamantino. 


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