quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Grupos disputam PCH's no Rio Claro

O relator da CPI das Hidrelétricas, deputado  Dilmar Dal’Bosco (DEM) acusou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Vicente Falcão,  de ceder a pressão política para beneficiar um grupo empresarial mato-grossense.
Contrariando o Regimento Interno do Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente), que na semana  passada realizou a última reunião do ano, o secretário ordenou que fosse retirada da pauta de votação o pedido de  concessão da Licença Prévia das PCHs Saracura e Jacutinga, da  Empreendimentos Energéticos do Centro-Oeste (EECO), localizadas no Rio Claro, nos municípios de Diamantino e São José do Rio Claro, respectivamente. 
As PCHs  estão no ‘epicentro’ de uma disputa jurídica entre a EECO, de propriedade de André Schuring, e a Associação de Produtores Major Caetano Dias, que tem como presidente o agricultor Eraí Maggi, primo do senador Blairo Maggi (PR). Eraí  é filiado ao Partido da República (PR)  a mesma sigla do secretário Falcão.
Segundo o relator, a  nova apreciação  seria feita com base em um parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) que declarou nulidade absoluta do ato de indeferimento do licenciamento ambiental, protocolado em  12 de abril de 2010 pelo ex-secretário adjunto da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente),  Salatiel Alves de Araújo. Na oportunidade, a equipe técnica multidisciplinar da Sema deferiu em favor da concessão da Licença Prévia, mas o parecer foi ignorado pelo  adjunto.
Outro fator positivo à nova apreciação, foi a decisão da  Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)  que na última semana publicou uma decisão no Diário Oficial da União, revogando a  suspensão da outorga da Saracura e Jacutinga.
“Não há nenhum impedimento quanto ao licenciamento dessas PCHs. A Annel já reconheceu a licitude dos projetos de implantação dessas hidrelétricas. O problema é pessoal. O secretário terá que explicar porque tirou essa matéria da pauta de votação, se até mesmo a posição do estado estava favorável a EECO”, indagou Dilmar. O impasse travou a entrega do relatório final da CPI marcado para hoje, dia 1 de dezembro. Esta semana, durante reunião com o secretariado Dilmar manteve conversa com o governador Sival Barbosa (PMDB) sobre o assunto e promete romper o limite da CPI, levando a ‘interferência política’ para ser investigada pelo Ministério Público.

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