O governador Silval Barbosa reagiu com indiferença as informações constante do relatório da Polícia Federal sobre possíveis negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira, de Goiás, junto ao Governo de Mato Grosso. O diálogo entre operadores do contraventor, segundo Barbosa, trata-se apenas de “conversa de boteco dois moleques e um terceiro que não sabe de nada”. Silval aprofundar-se sobre o interesse do grupo de Cachoeira – que tinha o senador Demóstenes Torres, expulso do DEM, como articulador político – em controlar a Loteria de Mato Grosso (Lemat).
O interesse de Cachoeira e seu grupo pela Lemat ficou evidenciado em conversas, por e-mail, entre Adriano Aprígio de Souza, que vem a ser cunhado e um dos laranjas de Cachoeira, e o argentino Roberto Coppola, consultor do bicheiro. Às 8h39 de 5 de outubro de 2010, dois dias após a eleição em que Silval foi reconduzido ao cargo de governador, Adriano enviou mensagem ao argentino mencionando o projeto.
“Agora vamos implantar a loteria em Mato Grosso” – disse Coppola.
De acordo com o jornal “Diário de Cuiabá”, existe também uma conversa entre Cachoeira e Demóstenes, gravada pela PF, em que revela que o bicheiro tinha – ou dizia ter - influência no Governo de Mato Grosso.
No dia 11 de abril do ano passado, o senador pediu a Cachoeira que ajudasse uma agência de publicidade de Goiás a vencer uma licitação para serviços de marketing da Copa do Mundo, em Mato Grosso. “Cê acha que consegue?”, questionou o senador. “Acho um negócio bacana. Se for do interesse seu...”, respondeu o bicheiro.
Valdemir Roberto
Redação 24 Horas News
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