A CPI mista que investiga as relações do contraventor Carlos
Cachoeira com agentes públicos e privados vai receber do Supremo Tribunal
Federal, nesta quarta-feira, dia 2 de maio, às 10 horas, os 40 volumes do
inquérito aberto para investigar o esquema, em papel e em CD. A informação é do
presidente da Comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), segundo o qual o
inquérito totaliza 15 mil folhas de papel.
Vital disse que tomou conhecimento, na sexta-feira, dia 27, do
despacho em que o ministro Ricardo Lewandowski atendeu ao pedido da CPI para o
compartilhamento das informações do inquérito. No despacho, o ministro mantém o
caráter sigiloso do inquérito, o que obriga a CPI a observar as restrições de
publicidade sobre os dados que estão sob segredo de justiça.
Também nesta quarta-feira, a CPI se reúne para traçar seu plano
de trabalho. Uma das providências agendadas é uma visita, às 11 horas, do
senador Vital do Rêgo e do relator da CPI, deputado Odair Cunha, ao
procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Vital do Rêgo e Odair Cunha pedirão
ao procurador que venha ao Senado, para atualizar os integrantes da CPI com
informações sobre o inquérito conduzido pela Polícia Federal.
Conselho de Ética
O relator do processo de Cachoeira no STF, Ricardo Lewandowski
também liberou o acesso dos documentos ao Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar do Senado que, desde o início do mês, examina representação do PSOL
para verificar se o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), suspeito de
envolvimento com os negócios de Cachoeira, quebrou o decoro parlamentar.
Nesta quinta-feira, às 9h30, o Conselho de Ética também se reúne
para ouvir a leitura do relatório preliminar do senador Humberto Costa (PT-PE)
sobre essa representação e para deliberar sobre o estudo desse inquérito
liberado pelo STF.
O ministro Lewandowski ainda autorizou o compartilhamento das
informações do inquérito com a Comissão de Sindicância aberta na Câmara dos
Deputados para investigar o envolvimento dos deputados João Sandes Junior
(PP-GO) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) com o esquema de Cachoeira.
Agência Senado
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