Em frente à curva verdejante
Que de ameias ciclópicas te mura
Como benção do céu, paira na altura
A cruz da igreja, que te viu infante.
E, tu no vale, ao beijo cascateante
Dos teus dois ribeirões, dormes, segura
Ouvindo a trepida água, que murmura
As velhas lendas do ouro e do diamante.
Dormes e sonhas que estas ricas minas,
Refaiscam de pedras diamantinas,
Qual nova aurora de um porvir de rosas;
E que dos morros íngremes, em bando
As recuas lentas descem carregando
A alma das seringueiras lacrimosas.
Dom Francisco Aquino Corrêa
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