Na derradeira homenagem houve muita comoção e triste, durante o velório e o sepultamento do ex-prefeito Darcy Capistrano. Muitos eleitores, parentes e amigos se reuniram durante todo o período reservado à visitação e cerimônia religiosa. Foi um adeus, rodeado de gente, que lembrou à militância política do ex-prefeito.
Agora, olhando do presente para trás, assim, no intervalo de quatro, cinco meses passados, se indaga sobre o envolvimento de Darcy Capistrano neste pleito eleitoral. Embora se cumpriu uma vontade pessoal, no entanto, se volta ao questionamento se foi sensato a candidatrua dele, diante do quadro clínico já existente e um diagnóstico que remetia à cuidado e moderação.
Darcy Capistrano entrou na campanha com a saúde controlada, mas, por causa da condição severa do embate, do desgaste físico e da pressão emocional, a própria saúde não obedeceu ao seu espírito político e a ânsia de vencer, pois o cenário se mostrava favorável.
Havia a necessidade imperativa de captar recursos, organizar a campanha e pedir votos e vencer, nas urnas. Mais do que isso, tinham os adversários.
E eles usaram de tudo para enfraquecer o candidato favorito. A tática foi o de atingir o ponto mais vulnerável: a doença de Darcy Capistrano. No dia da eleição, sites de notícias de Cuiabá falaram sobre o agravamento de saúde do candidato e o colocaram em estado terminal.
Bastou para provocar dúvida na cabeça dos eleitores. Veio o resultado e a doença foi realmente o grande adversário de Darcy Capistrano.
A derrota foi um adicional para impedir a recuperação do candidato. A doença adquiriu nova complicação e o então guerreiro sucumbiu, mas pareceu recompensado.
Por ironia, de tantas eleições que Darcy Capistrano disputou, como candidato a prefeito, a atual foi a que ele ficou mais próxima da vitória.
Ele foi humilhado pelos adversários, que no poder, ignoraram uma lição simples: adversário político não é inimigo. Representou a resistência e o anseio popular que almejava a alternãncia no poder e sonhou, com a implantação da honra e da dignidade na gestão pública de Diamantino.
Merecia ter recebido outro tratamento da política e da própria sociedade de Diamantino.
Benedito Cruz de Almeida
Agência Agora
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