sábado, 20 de outubro de 2012

Morre o político mais querido de Diamantino

Faleceu no final desta tarde em Cuiabá, o ex-prefeito de Diamantino, Darcy Capistrano de Oliveira Filho, aos 54 anos de idade.

Apesar de ter sido prefeito por uma única vez [entre 1983 e 1988], com 24 anos, Darcy Capistrano se tornou o político mais querido da história recente de Diamantino. Nas eleições nas quais disputou à Prefeitura, sempre foi dono cativo de milhares de votos e seu prestígio foi fundamental para eleger seu irmão, Erival Capistrano, no pleito de 2009.

Neste ano, colocou seu nome à apreciação em mais uma nova candidatura ao Palácio Parecis. No início da campanha, com o agravamento do estado de saúde, foi preciso ficar de fora pessoalmente, do processo sucessório e ainda assim, perdeu as eleições por uma diferença de apenas 49 votos. Foi uma derrota, com sabor de vitória.

Agora, pode-se dizer com absoluta certeza que o idealismo de Darcy Capistrano foi maior, pois ele assumiu uma candidatura que ele mesmo dizia, ser a redenção para Diamantino. Entrou no sacrífico pessoal para ajudar o povo, que ele defendia e a própria cidade, que ele tanto amava. A empatia com o público e a reciprocidade que recebeu o fez um caso à parte na política local, que merece um estudo, dentro da sociologia e ciência política.

A história política de Darcy Capistrano ficou incompleta porque ele ficou sem mandato; porém fora do poder, tinha o respeito e a admiração popular, tanto que o povo tentou por várias vezes o reconduzir à Prefeitura. E ele, entendia isso, porque falava a linguagem do povo. 

Darcy Capistrano deixou um legado de honra na gestão pública, na realização de obras e na conduta humanitária, de ligação forte com os pobres; uma marca pessoal que o tornou o prefeito mais amado de Diamantino. Ele será lembrado por isso, eternamente. 

A profissão de médico veterinário não foi exercida. Por último, atuava como advogado e aí sim, se identificou com o ofício. 

Darcy Capistrano foi presidente da AMM (Associação mato-grossense dos Municípios) entre 1985 e 1987. Nesse período foi diretor da CNM (Confederação Nacional dos Municípios). 

Benedito Cruz de Almeida
Agência Agora


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