Julho, agosto e setembro. Estes são os meses considerados mais quentes em Mato Grosso, período em que a umidade relativa do ar é muito baixa. E nesse intervalo existem plantas – as tipicamente do Cerrado - que costumam florescer e enfeitar o cenário urbano e rural. O exuberante Ipê é uma delas que, consegue atrair olhares e admiração. Na lista dessas árvores e não menos importante está a Vitex Polygama, mais conhecida como Tarumã.
A planta chama tanto a atenção que foi indicada – por meio de um projeto de lei – para ser o a árvore símbolo do Estado de Mato Grosso. A proposta, de iniciativa do primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Mauro Savi (PR), tem o intuito de preservar a árvore considerada nativa, dona de uma beleza incontestável e muito utilizada nas áreas degradas e na restauração florestal. Umas das qualidades da Tarumã é sua resistência ao sol. “A nossa proposta é uma maneira que encontramos de valorizar a espécie e ao mesmo tempo incentivar o plantio”, completou o parlamentar.
O nome científico vem do Tupi-guarani e significa “Fruta Escura de fazer vinho”. A árvore é características das matas ciliares do cerrado e das matas de transição. Vale ressaltar que a Tarumã é abundante e bastante popular na Centro-Oeste, é característica das matas ciliares do cerrado, do cerradão e das matas de transição. A Tarumã pode chegar até a 25 metros de altura, sua folha é aveludada e dividida em três partes.
As flores são azuis e as frutas redondas, carnosas e doces. A madeira da Tarumã é usada na construção civil. A planta é tão útil que, para ser ter uma idéia, os frutos são utilizados até como isca para pescaria. Por outro lado, na medicina, as folhas em infusão são usadas como diurético e depurativo do sangue, combate a pressão alta; sua raiz é tônica, febrífuga e combate inflamações da bexiga e do útero além de diversas doenças da pele.
“Em respeito à natureza e a espécie de árvore em questão, reconhecendo a importância dela em nossa Região é que apresentamos o projeto. Agora, contamos com o apoio dos colegas parlamentares na aprovação da proposta que, consideramos ser de grande relevância ambiental e cultural”, considerou Savi.
O projeto (nº 114/2012) foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) no dia 14 de agosto deste ano e foi encaminhado ao Plenário das Deliberações para apreciação dos deputados. Em razão das sessões ordinárias serem suspensas devido às eleições municipais, a proposta deve ser votada na próxima semana, já que o período eleitoral encerra-se no domingo, 7 de outubro.
Joelma Pontes
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