segunda-feira, 28 de novembro de 2011

INCA lança estimativas de câncer 2012 com sete novas localizações de tumores

O  Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) estima em cerca de 520 mil novos casos doença para 2012. A informação faz parte da publicação Estimativa 2012 – Incidência de Câncer no Brasil, que o Instituto lançou  para marcar o Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado no dia 27 de novembro. Este ano, uma novidade: sete novas localizações de câncer entraram no ranking dos tumores mais frequentes do país. A Estimativa vale para o período 2012-2013. 

O estudo destaca os tipos de câncer mais incidentes nas regiões brasileiras, como de pele não melanoma, próstata, mama e pulmão. As sete novas localizações de tumores são bexiga, ovário, tireoide (nas mulheres), Sistema Nervoso Central, corpo do útero, laringe (nos homens) e linfoma não Hodgkin – os dois últimos muito noticiados recentemente por terem acometido, respectivamente, o ex-presidente Lula, o ator Reynaldo Gianecchini e a presidente Dilma Rousseff.

Os especialistas consideram a Estimativa a principal ferramenta de planejamento e gestão da saúde pública na área oncológica no Brasil. Isso porque fornece informações necessárias para a elaboração das políticas públicas de saúde voltadas para o atendimento da população.

“A divulgação das estimativas disponibiliza aos gestores de saúde e, especificamente, aos da atenção oncológica, informações fundamentais para o planejamento das políticas públicas de forma regionalizada”, diz o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini.

Desconsiderando o câncer de pele não melanoma  (tumor com baixa letalidade), entre o sexo masculino o câncer de próstata permanecerá como o mais comum, seguido pelo de pulmão, cólon e reto, estômago, cavidade oral, laringe e bexiga. Já entre as mulheres, a glândula tireoide, de modo inédito, aparece no quinto lugar geral, atrás do câncer de pele não melanoma, mama, colo do útero, cólon e reto. Na sequência, vêm os tumores de pulmão, estômago e ovário.
 
“ Ações de promoção da saúde, diagnóstico precoce e a ampliação do acesso aos serviços favorecem a longevidade.  Quanto mais velha é uma população, maior as chances de alguns tipos de câncer surgirem”, diz o coordenador de Ações Estratégicas do INCA, Claudio Noronha.

Metodologia

Os números de casos novos para cada tipo de câncer apresentados na publicação foram calculados com base nas taxas de mortalidade dos estados e capitais brasileiras (Sistema de Informação Sobre Mortalidade - SIM). As taxas de incidência foram obtidas nas 17 cidades em que existem Registros de Câncer de Base Populacional (RCPB).  A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma projeção de 27 milhões de novos casos de câncer para o ano de 2030 em todo o mundo, e 17 milhões de mortes pela doença. Os países em desenvolvimento serão os mais afetados, entre eles o Brasil.

Válidas também para 2013, já que são elaboradas a cada biênio, as estimativas não podem ser comparadas com anos anteriores, uma vez que não tem como referência a mesma metodologia nem as mesmas bases de dados, tendo em vista que houve melhorias tanto na quantidade quanto na qualidade das séries históricas de incidência e mortalidade.
 

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