segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vereadores inocentam administração municipal

A administração municipal e alguns vereadores da sustentação ao prefeito Juviano Lincoln arrumaram uma boa desculpa pelo atraso de Diamantino: o ônus da criação dos novos municípios na última leva: Campo Novo do Parecis; Tapurah; Brasnorte; Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. 
Para eles, Diamantino investiu em seus antigos distritos e na emancipação, o custo ficou pra cá. Os municípios nasceram fortes e sem dívidas. Até aí, nenhuma novidade. 
Mas do lado de cá, em 23 anos, Diamantino ficou parado no tempo, apesar de ser o pioneiro na mecanização da agricultura, a partir da primeira metade da década de 70, com o plantio inicial de arroz e mais tarde, soja, a principal cultura em área plantada e em produtividade. De nada valeu essa condição, pois as grandes indústrias do setor do agronegócio (processamento de soja, carne suína, bovino e ave) foram instaladas em Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum), melhorando o índice de desenvolvimento municipal nessas localidades. 
Na demarcação dos limites de São José do Rio Claro, outro município criado a partir de Diamantino, a divisa veio aonde Aparecido Briante quis. Na outra demarcação, Campo Novo do Parecis ficou com seu território maior do que Diamantino. 
Quase na mesma época o traçado da antiga BR 29, idealizada pelo presidente Juscelino  Kubitschek foi desviado por Cáceres e concluído o asfaltamento de todo o trecho até Rondônia, graças ao desempenho do senador Benedito Canelas.
Na abertura da BR 163 (Cuiabá-Santarém) o entroncamento da rodovia ficou cerca de 20 quilômetros da sede. Poderia ter saído da antiga Placa (atual Bairro Novo Diamantino), como eixo rodoviário.  
Na formação do polo de educação em Diamantino, quem podia, deu preferência ao lucro do ensino superior privado, negando a instalação de faculdades públicas e gratuitas, como a UFMT e UNEMAT. 
A duplicação da BR 364, no trecho entre Posto e Rondonópolis (já em construção, no primeiro trecho entre Posto Gil e Rosário Oeste), pela lógica rodoviária deveria ter seu ponto inicial no Bairro Novo Diamantino.  
O asfaltamento da BR 364 até o entroncamento da MT 170, na localidade de Itanorte não refletiu como se esperava, como corredor do transporte e via de integração regional, pois surgiram novos traçados concorrentes, com a MT 239 e 235, ligando Nova Mutum a Campo Novo do Parecis e um braço para Nova Maringá e São José do Rio Claro. A rodovia serviu mais como ligação a Deciolândia,  a Chapada dos Parecis e seu entorno. 
A ferrovia projetada para Mato Grosso, com saída de Goiás, vai passar por Lucas do Rio Verde, bem longe de Diamantino, o suficiente para não se ouvir nem o apito do trem. 
Na contagem do progresso Diamantino vem comendo poeira até de Nova Marilândia, pois lá se instalou o principal polo de abate de frango e de produção de ração da região e logo, logo vai perder para Rosário Oeste na produção de carne suína e embutidos, com a implantação do frigorífico da Seara, naquele município. 
Com os atuais políticos (prefeitos e vereadores) não se pode esperar nada de melhor para Diamantino,até porque o tempo já passou e o município ficou sem vocação para atrair grandes investimentos privados e públicos também. E ademais, os políticos locais são incompetentes, com a visão que não passa do nariz. 
Agora, os vereadores querem nos fazer entender à força que o coitado e cansado prefeito Juviano Lincoln só está pagando as contas que vem daquele tempo dos distritos e com isso não sobra dinheiro para investir no município. 
Mas que nada. É pura conversa pra boi dormir. 
Na verdade, a Câmara e a Prefeitura precisam assumir, com urgência, o compromisso e a honradez com a cidade e a sua população. 
De conversa mole todo tá por aqui; cheio. 










  


  

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