quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Outros dias para o vereador Ticão

No auge da sua passagem, como presidente da Câmara de Diamantino, o vereador Wilson Pentecostes dos Santos, o Ticão  falava grosso, batia na mesa, não aceitava críticas e nem levava desaforo para casa.
Esse tempo, quem diria,  passou. Desde que ficou sem o honroso cargo de presidente, o vereador perdeu o poder inerente à função e ficou mais retraído, sem toda aquela arrogância que o identifica. 
A candidatura a  prefeito foi diluindo e perdendo importância até para ele mesmo. A ducha fria veio com o parecer do Egrégio Tribunal que reprovou suas contas, de 2010. Na sua gestão, a Câmara recebeu 200 mil à mais, numa generosidade do prefeito Juviano Lincoln (cujas contas também foram reprovadas) e torrou todo dinheiro. Para piorar, terá que devolver dinheiro para o erário público e vai aguentar a Promotoria no cangote  e provavelmente vai responder por improbidade administrativa, na Justiça.
Ajudado por circunstâncias, o vereador Ticão foi eleito pela primeira vez em 2004 e reeleito em 2008. No curto intervalo foi presidente da Câmara em duas ocasiões. Ele levou para a Câmara muitos protegidos do prefeito Chico Mendes, como o atual secretário de Esportes, Euclides Eurico das Neves e outros assessores, que mais denegriram a imagem da Casa e do próprio presidente, sem prestarem serviços efetivos à coletividade.
O grupo elegeu o atual presidente, Manoel Loureiro Neto e em troca amarrou apoio político nas eleições de 2012 e repassou no pacote, seus antigos assessores  para o novo presidente. 
O destino do vereador Ticão está na Justiça. Ele poderá se tornar inelegível em até oito anos. Sem contar na devolução do rico dinheiro à Prefeitura e por fim, enfrentar a consciente população, no seu julgamento, nas urnas, caso passe pelo bloqueio da dona justa.
Como dizia o filósofo contemporâneo, nada como um dia após o outro. 



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