No auge da sua passagem, como presidente da Câmara de Diamantino, o vereador Wilson Pentecostes dos Santos, o Ticão falava grosso, batia na mesa, não aceitava críticas e nem levava desaforo para casa.
Esse tempo, quem diria, passou. Desde que ficou sem o honroso cargo de presidente, o vereador perdeu o poder inerente à função e ficou mais retraído, sem toda aquela arrogância que o identifica.
A candidatura a prefeito foi diluindo e perdendo importância até para ele mesmo. A ducha fria veio com o parecer do Egrégio Tribunal que reprovou suas contas, de 2010. Na sua gestão, a Câmara recebeu 200 mil à mais, numa generosidade do prefeito Juviano Lincoln (cujas contas também foram reprovadas) e torrou todo dinheiro. Para piorar, terá que devolver dinheiro para o erário público e vai aguentar a Promotoria no cangote e provavelmente vai responder por improbidade administrativa, na Justiça.
Ajudado por circunstâncias, o vereador Ticão foi eleito pela primeira vez em 2004 e reeleito em 2008. No curto intervalo foi presidente da Câmara em duas ocasiões. Ele levou para a Câmara muitos protegidos do prefeito Chico Mendes, como o atual secretário de Esportes, Euclides Eurico das Neves e outros assessores, que mais denegriram a imagem da Casa e do próprio presidente, sem prestarem serviços efetivos à coletividade.
O grupo elegeu o atual presidente, Manoel Loureiro Neto e em troca amarrou apoio político nas eleições de 2012 e repassou no pacote, seus antigos assessores para o novo presidente.
O destino do vereador Ticão está na Justiça. Ele poderá se tornar inelegível em até oito anos. Sem contar na devolução do rico dinheiro à Prefeitura e por fim, enfrentar a consciente população, no seu julgamento, nas urnas, caso passe pelo bloqueio da dona justa.
Como dizia o filósofo contemporâneo, nada como um dia após o outro.
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