sexta-feira, 23 de março de 2012

Lei Geral da Copa é adiada novamente por causa de impasse sobre Código Florestal

Partidos da base aliada e da oposição favoráveis à votação do projeto de reforma do Código Florestal conseguiram, pelo segundo dia consecutivo, inviabilizar a apreciação da proposta da Lei Geral da Copa).
O adiamento aconteceu depois que PMDB, PPS, PSD, DEM, PR, PTB, PDT e PSC anunciaram obstrução em Plenário até que o governo concorde em votar o texto do Senado para o Código Florestal. Os deputados favoráveis ao novo código esvaziaram a sessão, que foi encerrada pelo presidente da Câmara, Marco Maia, por falta de quórum.
O projeto da Lei Geral da Copa só deverá voltar à pauta na próxima semana.

Votações vinculadas
A manobra política para adiar a votação da Lei Geral da Copa começou com a apresentação, pelo DEM, de um requerimento de retirada de pauta da matéria. O líder do partido, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), disse que só concordaria em votar a proposta após a definição de uma data de apreciação do novo Código Florestal. Essa reivindicação recebeu apoio de outros líderes partidários.
“O Código Florestal está sendo debatido pelo Parlamento há muito mais tempo do que a Lei Geral. Por que ela tem que ser aprovada de forma rápida, e pode se deixar em aberto o código?”, questionou Magalhães Neto.

Bebidas nos estádios
Durante a discussão, diversos parlamentares e líderes de partidos anteciparam a posição sobre o projeto da Lei Geral da Copa, a maioria contrária à liberação da venda de bebidas alcoólicas durante os jogos, o ponto mais polêmico do texto que vai ser votado.
O líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), leu trechos do acordo assinado entre o Brasil e a Federação Internacional de Futebol (Fifa) em 2007, quando o então governo Lula concordou com o consumo de bebidas nos estádios. Segundo Araújo, na época, a própria entidade de futebol não concordava com a venda, posição que reviu somente em 2010. Para ele, a autorização prejudica anos de trabalho para diminuir a violência nos estádios.

Agência Câmara

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