terça-feira, 27 de março de 2012

The Ultimate Fighter o reality da violência

Político gosta de voto e de aparecer. Vira cartola, patrono de escola de samba e patrocina todo tipo de esporte, inclusive o mais violento deles, a luta livre.
Recentemente, a Assembleia Legislativa homenageou os  lutadores de artes marciais mista, que participaram da segunda edição Xtreme Combate “Duelo de Titãs”.  Eles receberam Moção de Congratulação dos deputados José Riva e Alexandre César em reverência ao duelo realizado em Cuiabá.  Foram homenageados: Marcelo Zulu; Gregor Gracie; Maurício Shogun Rua, atual lutador do UFC; José Aldo; Rolles Gracie Junior; Francisco Fernandes Junior; Ígor Gracie, Lyoto Carvalho Machida; Renzo Gracie; Fábio Novaes e Mário Yamazaki.
Mas goste ou não, o esporte da moda é a nova versão da luta livre. É febre televisão, novela, cinema, academia de ginástica e bares.
A marca UFC (Ultimate Fight Championship), que organiza campeonatos internacionais, vale mais de U$ 1 bilhão. O torneio feito no Rio, em 2011, movimentou R$ 50 milhões.
No entanto, o esporte não convence nem mesmo o ex-pugilista  Éder Jofre.  “Acho essa luta um assassinato. Não posso conceber o cara estar no chão e o outro vir dando joelhada”, diz o bicampeão mundial de boxe, hoje com 75 anos.

Sangue
No MMA são usadas regras de diferentes modalidades, misturadas. Pode dar soco, como no boxe, mas também pode bater da cintura para baixo; pode estrangular, como no jiu-jítsu, mas também dar cotoveladas em pé, como no muay thai. “Criticavam o boxe porque era violento, mas, perto do MMA, é balé”, disse Éder Jofre.

Passado
Tida por muitos como o retorno atual ao Coliseu Romano, com suas lutas de extrema violência, a febre mundial do MMA  (Mixed Martial Arts)  é a modalidade de luta que mais cresce no país e também divide opiniões. Se por um lado há uma legião de fãs apaixonados, por outro a MMA convive com críticas de quem sequer a considera esporte por conta da violência dos combates. No programa Domingo Espetacular, da TV Record foi veiculado uma matéria que mostrou os bastidores que envolvem o universo das lutas, o lado trágico dos combates e as sequelas que eles geram para muitos lutadores, uma matéria que provocou ao mesmo tempo simpatia e irritação.
A emissora colocou no ar uma reportagem extensa onde critica a violência e a falta de segurança do MMA. Para tanto, contou a história do lutador Jeffrey Dunbar, que ficou paraplégico após levar a pior em um combate.
A reportagem mostrou a academia do rapaz para ouvir seus colegas lutadores e treinador, a opinião da mãe, contrária às lutas, além de exibir depoimento do deputado José Mentor, autor de um projeto de lei que pretende proibir as exibições na televisão brasileira de disputas de Ultimate Championship Fighting (UFC), principal competição de MMA. O deputado  costuma chamar a modalidade de “rinha humana”. Pois em dado momento da reportagem, as lutas chegaram a ser comparadas a rinhas de cães.

Presente
Inspirado no Big Brother Brasil, a Globo estreou o The Ultimate Fighter, onde 32 brutamontes estão confinados numa casa no Rio de Janeiro. E não tem biquíni, nem sexo. Tudo para levantar e popularizar o esporte, a qualquer custo. 

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