quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Diamantino fica longe da Copa

Em tempo de preparativos para a Copa de 2014, em Cuiabá, as cidades no entorno da Capital se preparam para beneficiar do evento e do grande fluxo de turistas endinheirados, suficientes para incrementar a economia local. 
Diamantino poderia estar pronta para receber turistas, mas falta política pública para o turismo. A  velha cacimba, restaurada pelo prefeito Chico Mendes está abandonada. A estação Rondon, na localidade do Parecis está em ruínas e os casarões do centro histórico estão desabando, uma a uma. Muito se falou e divulgou sobre a  recuperação do centro histórico, inclusive com a existência de recursos, de emendas parlamentares dos senadores Jaime Campos, do deputado Welinton Fagundes e outra, do senador Gim Argello, do Distrito Federal. No cenário histórico sobraram a Casa Memorial dos Viajantes e a Igreja Imaculada Conceição, restauradas com recursos do Estado e do Ministério da Justiça. 
O acesso a Lagoa da Princesa, uma das sete nascentes do Rio Paraguai está restrita a autorização da fazenda, onde os argentinos são donos. 
Os pontos naturais do sumidouro e estreito, no Rio Claros estão com os dias contados. Duas usinas de pequeno porte serão construídas no referido rio e a área inundada vai pôr fim aos dois fenômenos da natureza.  
A ponte de pedra é outro local de interesse turístico, mas a distância afasta os aventureiros. O local é considerado sagrado pelos índios da etnia paresi. Lá, também existe projeto em tramitação nos órgãos ambientais, para a construção de duas usinas, na divisa de Diamantino, Campo Novo dos Parecis e Nova Maringá.
Está restando a Diamantino a tradição histórica de ser a segunda vila a ser criada na Província de mato Grosso, no século XVIII. Com o ciclo do ouro, a vila se tornou próspera e foi indicada ao Imperador para ser a capital da Província, que não foi efetiva porque Diamantino não era banhada por um  rio navegável. 
A cultura local  ficou empobrecida de um tempo pra cá e a gastronomia não é marcante. O que restou do patrimônio histórico e cultural está sendo perdido e deteriorado.
Como não existe uma política permanente de fortalecimento do turismo receptivo, Diamantino ficou sem força e sem argumento para reivindicar o roteiro da Copa. 


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