Na volta do prefeito de Barra do Bugres, Wilson Francelino de Oliveira ao cargo, ficou aquela coisa no ar, que tinha o dedo do deputado José Geraldo Riva, presidente da Assembleia Legislativa, numa ajuda ao correligionário.
Isso vai dar pano pra manga, como diz o ditado popular. O advogado Saulo Almeida Alves denunciou o presidente da Assembleia por tráfico de influência para beneficiar o prefeito Wilson Francelino a retornar à Prefeitura, depois de ser afastado por decisão da Justiça, acusado de improbidade administrativa.
O advogado acusou também o desembargador Dirceu dos Santos pelo crime de venda de sentença. O magistrado concedeu a liminar ao prefeito, que o manteve no cargo. A denúncia contra o magistrado foi feito na Polícia Federal.
No dia 22 de dezembro, o advogado Saulo então teria ido ao gabinete do desembargador Dirceu, responsável pela ação, em busca de uma audiência com o magistrado. Na sala de espera também aguardavam outros advogados, inclusive o advogado do prefeito que estava afastado, Reinaldo Lourençoni Filho.
O advogado do prefeito afastado teria saído da sala, quando o deputado Riva entrou no gabinete do magistrado. Cinco minutos depois, Dirceu saiu e perguntou quem era o advogado de Barra do Bugres e Saulo teria respondido que era ele. Acreditando que Saulo seria o advogado do prefeito afastado, o desembargador o levou para uma sala reservada e confessou que o caso era difícil, mas iria deferir o recurso de Wilson Francelino, a pedido da Assembleia Legislativa.
Quando percebeu o engano, Saulo revelou ao desembargador que não era o advogado do prefeito afastado e sim do que estava em exercício. Saulo teria pedido cautela na decisão e expôs que o prefeito Wilson Francelino era acusado de superfaturamento na compra de remédios e que além disso ele responde por outras oito ações civis públicas. Mesmo diante das irregularidades, Dirceu teria insistido que iria cumprir o pedido do deputado Riva.
O deputado por sua vez, nega que agiu em favor do prefeito, usando o magistrado. Em Diamantino corre a boca pequena que o deputado foi o responsável pela revogação da portaria que nomeou Benedito Francisco Martins, para o cargo de diretor do Escritório Regional de Saúde.
A denúncia ao se comprovar sua veracidade ratifica a fragilidade do Judiciário e reforça o pensamento da ministra Eliana Calmon, sobre a existência dos bandidos de toga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário