O instituto da reeleição foi
criado no Brasil para beneficiar o presidente Fernando Henrique Cardoso e dar
legitimidade ao seu segundo mandato.
De lá pra cá, a medida beneficiou governadores e prefeitos, mas há
um grande questionamento que vigora desde então, pois a reeleição não é
exatamente o que se esperava dela.
O governante usa a máquina para fazer política, não se desincompatibiliza
do cargo, faz obra de última hora e relaxa, no segundo mandato.
Em Diamantino, a reeleição foi
aberta a partir do prefeito Batistinha, mas este desgastado, não teve força
para pleitear o segundo mandato.
O primeiro prefeito reeleito
foi Chico Mendes. O mandato inicial foi de resultado, mas no segundo, o
prefeito está relaxado, cansado, desmotivado e a produtividade administrativa
caiu, o que fez que ele não elegesse seu sucessor, Juviano Lincoln.
Por circunstâncias, Juviano
Lincoln, que entrou pela janela, sem ter sido eleito, agora está disputando à
reeleição.
Como não precisa deixar o
cargo, o prefeito está se beneficiando da máquina, devido ao exercício da
própria função. Quer queira, quer não, os adversários ficam em desvantagem.
Para embalar a campanha o
prefeito jogou propositadamente as obras para o último ano, que coincide com as
eleições. É uma estratégia política para render votos.
A legislação eleitoral só proíbe
a participação do prefeito em inauguração, mas a obra em si pode ser tocada
nesse período.
Os vereadores Carlinhos Gaino e
Wilson Pentecostes dos Santos, o Ticão, defenderam na Tribuna da Câmara
Municipal o andamento das obras em ano de eleições. Para eles, não se trata de obras eleitoreiras,
mas sim, de implantação de melhorias para a comunidade.
Naturalmente que o povo não vê
assim. A jogada é antiga e não engana ninguém. Os concorrentes do prefeito Juviano Lincoln também avaliam como obras
eleitoreiras. Até porque, o atual prefeito passou três anos sem mostrar
serviço, em estado de hibernação.
Por que só agora as obras estão
saindo?
Puro propósito eleitoral do prefeito, para causar boa impressão aos
eleitores.
Mas quem não rezou na vida...
Benedito Cruz de Almeida
Agência Agora
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