Levantamento feito pelo Senai
(Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em 18 estados apontou que o
diploma de nível técnico está garantindo salários mais altos do que o
certificado de nível superior. Segundo a pesquisa, a remuneração média, de R$
2.085,47, dos trabalhadores das 21 ocupações técnicas mais demandas pela
indústria é superior ao que recebem muitos profissionais com graduação.
Em Pernambuco, por exemplo, o
salário médio pago aos técnicos em início de carreira é de R$ 2.545, maior do
que o recebido pelos médicos que ingressam no mercado de trabalho no estado. Em
Goiás, a renda média inicial dos técnicos é de R$ 2.465,12, maior do que o
salário de advogados que estão começando. Em São Paulo, o valor médio pago aos
técnicos é de R$ 2.838,78, e também supera o que recebem os analistas de
sistema ou os desenhistas industriais. Os valores se referem ao salário bruto.
A grande procura por parte
das empresas industriais está fazendo com que os cargos técnicos fiquem bem
atrativos. Além de entrarem no emprego ganhando R$ 2.085,57, em média, o que
equivale a mais de três salários mínimos, o diploma de curso técnico garante um
ganho salarial significativo à medida que adquirem experiência. Com 10 anos de
experiência, os técnicos recebem, em média, R$ 5.690,07, mais de 9 salários
mínimos.
Um cirurgião dentista que
está no mercado de Alagoas há 10 anos ganha menos que um trabalhador de nível
técnico. Segundo a pesquisa, os técnicos recebem, em média, R$ 5.857,14 em
Alagoas, R$ 6.018,33 em São Paulo, mais que do que os engenheiros mecatrônicos,
e R$ 6.119, 05 em Mato Grosso, mais do que os arquitetos.
As informações foram
levantadas com 18 departamentos regionais do Senai no estados do Acre, Alagoas,
Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.
A pesquisa considerou ainda
as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), ambos do Ministério do Trabalho.
Os diretores regionais do Senai levantaram em seus estados o salário médio pago
aos profissionais de nível técnico no momento da contratação e após 10 anos no
emprego. Para efeito de comparação, foi levantado, em cada estado, o valor
médio pago aos trabalhadores com nível superior a partir das informações do
Caged e da RAIS.
Contratações em alta
Nos últimos 12 meses foram
criadas 1,04 milhão de vagas para profissionais com nível técnico em todo o
país. De acordo com o levantamento, atualmente existem mais de 2,4 milhões de
trabalhadores com curso técnico atuando em suas profissões.
Na média nacional, os
salários iniciais mais elevados são pagos aos técnicos em manutenção de
aeronaves, em mineração e em mecatrônica. Eles recebem mais de R$ 2,3 mil, na
média. Os técnicos em mineração, os projetistas e os técnicos em naval são os
que ganham mais depois de 10 anos de profissão, com salários que são superiores
a R$ 6,8 mil.
Em São Paulo, os técnicos mais
demandados são os projetistas e técnicos em manutenção, com salários,
respectivamente, de R$ 4,1 mil e R$ 3,5 mil. No Rio de Janeiro, os salários
iniciais mais altos são pagos aos técnicos em mineração e aos técnicos em
mecatrônica – R$ R$ 8,6 mil e R$ 4 mil. Em Minas Gerais, os técnicos em
mineração e os técnicos em petróleo e gás ganham, em média, R$ 4 mil. No
Amazonas os técnicos em ferramentaria e os técnicos em montagem industrial são
os mais procurados. As indústrias pagam, em média, R$ 2,5 mil para os
profissionais em início de carreira.
Em Mato Grosso o Senai oferece cursos na área de Educação à Distância e Profissional. Dentro da Educação
Profissional, o SENAI-MT atua desde a iniciação profissional, até a
especialização técnica, passando pela qualificação profissional básica,
aperfeiçoamento profissional, cursos técnicos e aprendizagem industrial.
Vagas
Até do dia 10 de agosto o
Senai faz uma grande mobilização para realizar matrículas do Pronatec (Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico) em Cuiabá, Cáceres, Tangará da Serra e
Nova Olímpia. São cursos de qualificação e de habilitação técnica nas áreas de
gestão, alimentos e bebidas, construção, eletroeletrônica, mecânica, meio
ambiente e tecnologia da informação, voltados aos estudantes do Ensino Médio da
rede estadual de ensino.
Entre as qualificações, com
carga horária entre 160 e 300 horas estão os cursos: Agente de Informações
Turísticas, Agente de Observação de Segurança na Indústria, Almoxarife,
Auxiliar de Agenciamento de Viagens, Auxiliar Administrativo, Auxiliar de
Crédito e Cobrança, Auxiliar de Fiscalização Ambiental, Auxiliar de Operações
em Logística, Auxiliar de Pessoal, Auxiliar em Web Designer, Auxiliar
Financeiro, Bombeiro Civil, Camareira em Meios de Hospedagem, Eletricista
Industrial, Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão, Estilista, Libras
Básico, Mecânico de Manutenção de Motocicletas, Montagem e Manutenção de
Computadores, Mecânico de Manutenção de Refrigeração e Climatização Doméstica,
Operador de Caixa, Operador de Computador, Pintor de Obras, Programador Web,
Promotor de Vendas, Recepcionista, Recepcionista de Eventos.
Já os cursos técnicos, com duração
de 1.170 e 1.300 horas, as vagas disponíveis são Segurança do Trabalho,
Produção de Moda, Modelagem do Vestuário, Meio Ambiente, Alimentos, Açúcar e
Álcool. Vale lembrar que as opções de cursos, tanto de qualificação quanto de
habilitação técnica, variam conforme o município atendido.
Para a matrícula, os estudantes precisam apresentar um
documento que comprove o vínculo escolar, além de levar os documentos pessoais
(RG ou Carteira de Trabalho, e CPF) e o comprovante de endereço atualizado.
Caso o aluno seja menor de idade (abaixo de 18 anos), é necessário que esteja
acompanhado pelos pais ou responsável legal para efetivar a inscrição.
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