quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Técnico ganha mais que profissional graduado, diz pesquisa do Senai


Levantamento feito pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em 18 estados apontou que o diploma de nível técnico está garantindo salários mais altos do que o certificado de nível superior. Segundo a pesquisa, a remuneração média, de R$ 2.085,47, dos trabalhadores das 21 ocupações técnicas mais demandas pela indústria é superior ao que recebem muitos profissionais com graduação.
Em Pernambuco, por exemplo, o salário médio pago aos técnicos em início de carreira é de R$ 2.545, maior do que o recebido pelos médicos que ingressam no mercado de trabalho no estado. Em Goiás, a renda média inicial dos técnicos é de R$ 2.465,12, maior do que o salário de advogados que estão começando. Em São Paulo, o valor médio pago aos técnicos é de R$ 2.838,78, e também supera o que recebem os analistas de sistema ou os desenhistas industriais. Os valores se referem ao salário bruto.
A grande procura por parte das empresas industriais está fazendo com que os cargos técnicos fiquem bem atrativos. Além de entrarem no emprego ganhando R$ 2.085,57, em média, o que equivale a mais de três salários mínimos, o diploma de curso técnico garante um ganho salarial significativo à medida que adquirem experiência. Com 10 anos de experiência, os técnicos recebem, em média, R$ 5.690,07, mais de 9 salários mínimos.
Um cirurgião dentista que está no mercado de Alagoas há 10 anos ganha menos que um trabalhador de nível técnico. Segundo a pesquisa, os técnicos recebem, em média, R$ 5.857,14 em Alagoas, R$ 6.018,33 em São Paulo, mais que do que os engenheiros mecatrônicos, e R$ 6.119, 05 em Mato Grosso, mais do que os arquitetos.
As informações foram levantadas com 18 departamentos regionais do Senai no estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.
A pesquisa considerou ainda as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), ambos do Ministério do Trabalho. Os diretores regionais do Senai levantaram em seus estados o salário médio pago aos profissionais de nível técnico no momento da contratação e após 10 anos no emprego. Para efeito de comparação, foi levantado, em cada estado, o valor médio pago aos trabalhadores com nível superior a partir das informações do Caged e da RAIS.

Contratações em alta
Nos últimos 12 meses foram criadas 1,04 milhão de vagas para profissionais com nível técnico em todo o país. De acordo com o levantamento, atualmente existem mais de 2,4 milhões de trabalhadores com curso técnico atuando em suas profissões.
Na média nacional, os salários iniciais mais elevados são pagos aos técnicos em manutenção de aeronaves, em mineração e em mecatrônica. Eles recebem mais de R$ 2,3 mil, na média. Os técnicos em mineração, os projetistas e os técnicos em naval são os que ganham mais depois de 10 anos de profissão, com salários que são superiores a R$ 6,8 mil.
Em São Paulo, os técnicos mais demandados são os projetistas e técnicos em manutenção, com salários, respectivamente, de R$ 4,1 mil e R$ 3,5 mil. No Rio de Janeiro, os salários iniciais mais altos são pagos aos técnicos em mineração e aos técnicos em mecatrônica – R$ R$ 8,6 mil e R$ 4 mil. Em Minas Gerais, os técnicos em mineração e os técnicos em petróleo e gás ganham, em média, R$ 4 mil. No Amazonas os técnicos em ferramentaria e os técnicos em montagem industrial são os mais procurados. As indústrias pagam, em média, R$ 2,5 mil para os profissionais em início de carreira.

Em Mato Grosso o Senai oferece cursos na área de  Educação à Distância e Profissional. Dentro da Educação Profissional, o SENAI-MT atua desde a iniciação profissional, até a especialização técnica, passando pela qualificação profissional básica, aperfeiçoamento profissional, cursos técnicos e aprendizagem industrial.

Vagas
Até do dia 10 de agosto o Senai faz uma grande mobilização para realizar matrículas do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico) em Cuiabá, Cáceres, Tangará da Serra e Nova Olímpia. São cursos de qualificação e de habilitação técnica nas áreas de gestão, alimentos e bebidas, construção, eletroeletrônica, mecânica, meio ambiente e tecnologia da informação, voltados aos estudantes do Ensino Médio da rede estadual de ensino.
Entre as qualificações, com carga horária entre 160 e 300 horas estão os cursos: Agente de Informações Turísticas, Agente de Observação de Segurança na Indústria, Almoxarife, Auxiliar de Agenciamento de Viagens, Auxiliar Administrativo, Auxiliar de Crédito e Cobrança, Auxiliar de Fiscalização Ambiental, Auxiliar de Operações em Logística, Auxiliar de Pessoal, Auxiliar em Web Designer, Auxiliar Financeiro, Bombeiro Civil, Camareira em Meios de Hospedagem, Eletricista Industrial, Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão, Estilista, Libras Básico, Mecânico de Manutenção de Motocicletas, Montagem e Manutenção de Computadores, Mecânico de Manutenção de Refrigeração e Climatização Doméstica, Operador de Caixa, Operador de Computador, Pintor de Obras, Programador Web, Promotor de Vendas, Recepcionista, Recepcionista de Eventos.
Já os cursos técnicos, com duração de 1.170 e 1.300 horas, as vagas disponíveis são Segurança do Trabalho, Produção de Moda, Modelagem do Vestuário, Meio Ambiente, Alimentos, Açúcar e Álcool. Vale lembrar que as opções de cursos, tanto de qualificação quanto de habilitação técnica, variam conforme o município atendido.

Para a matrícula, os estudantes precisam apresentar um documento que comprove o vínculo escolar, além de levar os documentos pessoais (RG ou Carteira de Trabalho, e CPF) e o comprovante de endereço atualizado. Caso o aluno seja menor de idade (abaixo de 18 anos), é necessário que esteja acompanhado pelos pais ou responsável legal para efetivar a inscrição.


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