O
ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o
depoimento do empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos
Cachoeira, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira para
esta terça-feira, dia 22. O depoimento havia sido suspenso por liminar do
próprio ministro no dia 14 de maio.
Celso de Mello suspendeu o depoimento por entender que a defesa do
empresário goiano estava prejudicada. Na época, a CPMI impediu os advogados de
Cachoeira de terem acesso às provas e aos documentos que iriam embasar o
interrogatório do empresário goiano.
Dias depois da liminar que deu tempo extra à Cachoeira, os
integrantes da Comissão Parlamentar mudaram de opinião e liberaram todos os
documentos requisitados pela defesa do bicheiro. Assim que soube da decisão,
Celso de Mello sinalizou que sua liminar poderia ser revista, já que não havia
mais obstáculos para a defesa.
Após as declarações do ministro, a defesa de Cachoeira voltou a
acioná-lo na última quinta-feira, dia 17 para pedir mais tempo para analisar as
provas, pois considerava que uma semana seria muito pouco para ler e
interpretar as milhares de páginas do processo. Os advogados pediram pelo menos
três semanas para analisar todas as provas, mas o pedido foi negado pelo
ministro.
Seguindo a estratégia de defesa, Carlinhos Cachoeira deverá
ficar calado, ante ao interrogatório da CPMI.
Débora Zampier
Agência Brasil
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