O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no fim da tarde uma série de
medidas para incentivar a indústria automobilística. O Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) que incide sobre automóveis e utilitários vai ser
reduzido, assim como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para crédito a
pessoas físicas.
No caso do IPI, para carros de até 1.000 cilindradas, a alíquota
cai de 7% para zero. Para automóveis com motorização entre 1.000 e 2.000
cilindradas, o imposto cai de 11% para 6,5%. No caso dos utilitários, a redução
é de 4% para 1%. Essas alíquotas valem para os automóveis bicombustível,
fabricados no Brasil e no Mercosul, incluídos no Regime Automotivo.
A redução das alíquotas vai valer até o fim de agosto. Até lá, a
renúncia fiscal provocada pela redução do IPI deve ultrapassar R$ 1 bilhão,
segundo estimativa do governo.
Mantega também anunciou a queda do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) do crédito para pessoa física de 2,5% para 1,5%. A redução
não tem prazo para acabar. Mantega estima que o governo deixará de arrecadar R$
900 milhões nos próximos três meses com a medida.
O ministro informou que a indústria automobilística também vai
oferecer uma contrapartida. As montadoras se comprometeram a dar descontos de
2,5% sobre os preços de tabela dos carros populares, com até 1.000 cilindradas.
Para automóveis entre 1.000 e 2.000 cilindradas, o desconto será 1,5%. Os
utilitários, por sua vez, serão vendidos com desconto de 1%. As indústrias
também assumiram o compromisso de não demitir empregados.
Mais medidas de estímulo à economia estão sendo anunciadas pelo
ministro Mantega, em entrevista coletiva que acontece, neste momento, no
Ministério da Fazenda.
Vinicius Doria
Agência Brasil
Agência Brasil
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