Uma
petição com 2 milhões de assinaturas em favor do veto total ao texto do Código
Florestal, colhidas pela organização não governamental Avaaz, foi entregue às ministras do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, da Casa Civil, Gleisi
Hoffmann, e ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
As assinaturas foram colhidas virtualmente no site da Avaaz, entidade que organiza
campanha em todo o mundo desde o início da tramitação do texto no Congresso
Nacional. Dos 2 milhões de assinaturas, um total de 800 mil foram feitas após a
aprovação do texto na Câmara.
O diretor de campanhas da Avaaz, Pedro Abramovay, considerou
importante a atitude do governo de reunir três ministros para receber as
assinaturas em reconhecimento à ampla mobilização social sobre o tema. Ele
defendeu o veto total do código como a melhor alternativa para garantir a
preservação ambiental. “O texto do Código Florestal representa um retrocesso
para o Brasil e o mundo. É baseado em um modelo em que é preciso desmatar para
desenvolver. O texto aprovado é o do desmatamento, é a cara do Brasil antigo e
queremos o Brasil novo”, disse.
A mobilização pela coleta das assinaturas não se restringiu ao
Brasil. Cerca de 1,7 mil delas são de outros países, principalmente da França e
Alemanha. O abaixo-assinado segue até o momento em que a presidenta Dilma
Rousseff assinar a sanção ou estabelecer os vetos ao Código Florestal
No fim da tarde, representantes de organizações ambientais e
estudantes fazem uma vigília em frente ao Palácio do Planalto pedindo à
presidenta o veto ao código.
O texto do Código Florestal aprovado na Câmara chegou à Casa Civil
no último dia 7 e a presidenta tem até amanhã (25) para sancionar ou vetar. Há
dias, Dilma faz reuniões com ministros para analisar o texto. Na tarde de hoje,
ela se reúne com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e
ministros de outras pastas envolvidos nas discussões.
O texto aprovado pelos deputados desagradou a ambientalistas e não
era a versão que o Palácio do Planalto esperava aprovar. Durante a tramitação
no Senado, o governo conseguiu chegar a um texto mais equilibrado, mas a
bancada ruralista na Câmara alterou o projeto e voltou a incluir pontos
controversos.
Yara Aquino
Agência Brasil
Agência Brasil
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