A taxa anual de desmatamento do Cerrado, que era 7,6 mil quilômetros quadrados entre 2008 e 2009, caiu para 6,4 mil km² entre 2009 e 2010. Apesar da queda no ritmo da derrubada, o bioma é um dos mais ameaçados do país e já perdeu 48,5% da cobertura original – quase 1 milhão de km².
O novo diagnóstico da situação do Cerrado foi divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente. De acordo com o levantamento, a devastação no Cerrado está concentrada nos estados do Maranhão e do Tocantins e no oeste da Bahia, em função da expansão da atividade agrícola nesses locais.
Entre 2009 e 2010, o estado que mais desmatou o Cerrado foi o Maranhão, com 1.587 km² a menos de vegetação nativa no período. O Piauí aparece em seguida, com 979 km² de novos desmatamentos, e o Tocantins, com 970 km².
Dos 20 municípios campeões de desmatamento do Cerrado no período, sete são maranhenses.
Nos últimos dias, o bioma tem sido devastado por queimadas, comuns nesta época do ano por causa da estiagem e da baixa umidade do ar.
Em Mato Grosso, o cerrado na área da Chapada dos Parecis deu lugar a exploração agrícola, entre as décadas de setenta e oitenta, com o plantio inicial de arroz e posteriormente, com soja, algodão e milho. A Chapada dos Parecis que avança até Rondônia .é considerada a maior área agricultável e contínua e nesse aspecto o bioma cerrado foi destruído , restando as matas ciliares e os locais de reservas.
Em Diamantino, um dos primeiros municípios agrícolas do Estado, a cobertura vegetal do cerrado desapareceu por completo. Junto se foi, a fauna e a flora.
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