domingo, 11 de setembro de 2011

CGU aponta prejuízo de 682 milhões no Ministério dos Transportes

A farra do PR (Partido da República) que até recentemente comandava o Ministério dos Transportes, o Dnit e a Valec resultou num prejuízo potencial de 682 milhões de reais, em um total de R$ 5,1 bilhões fiscalizados, segundo o relatório da CGU (Controladoria Geral da União).  A equipe de auditores analisou 17 processos de licitações e contratos e constatou 66 irregularidades.

Já em andamento na CGU sete processos administrativos disciplinares, uma sindicância patrimonial e uma sindicância investigativa, envolvendo, mais de 30 servidores da Valec, Ministério dos Transportes e ex-dirigentes do Dnit, incluindo Luiz Antonio Pagot, afilhado do ex-governador Blairo Maggi.

O relatório de auditoria está sendo encaminhado ao Ministério dos Transportes, Dnit e Valec, Casa Civil da Presidência, Ministério Público, TCU, Ministério da Justiça (para envio ao Departamento de Polícia Federal), AGU, Comissão de Ética Pública  e, também, à Corregedoria-Geral da União, da própria CGU. 

O encaminhamento ao TCU, ao Ministério Público e à Polícia Federal ocorre de obrigação legal. No primeiro caso, porque se trata da Corte de Controle Externo, a quem cabe o julgamento final das contas e da aplicação do dinheiro público. E no caso da PF e do Ministério Público, por serem os órgãos de investigação e persecução criminal, respectivamente, com vistas ao eventual ajuizamento de ações criminais ou civis de improbidade, se for o caso. 

No país, talvez  a mais relevante punição por corrupção  se deu ao juiz Nicolau dos Santos, no escândalo de desvio de dinheiro do Fórum Trabalhista de São Paulo. O juiz pagou o seu crime e dos outros, pois, por tradição roubar dinheiro público dá processo, mas não leva quase ninguém para a cadeia.

Causa estranheza que a direção do PR manifestou interesse em deixar a base de sustentação do Governo no Congresso Nacional, depois que a presidente Dilma Rousseff fez a faxina no Ministério dos Transportes, como se desviar recursos públicos fosse normal.

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